ОписаниеCruzeiro e Igreja do Espírito Santo - Cabeço de Vide - Portugal (5936144663).jpg |
O Cruzeiro do Espírito Santo, que ocupa o centro do Largo do Espírito Santo, foi considerado Monumento Nacional por Decreto de 11 de Outubro de 1933. É do séc. XVI e, como relata Luís Keil, é composto por "uma coluna simples de mármore, assente sobre quatro degraus de forma rectangular, com capitel sobre o qual está uma cruz de braços largos, com a imagem de Cristo de um lado, e do outro, Nossa Senhora da Piedade, sobrepondo-a a pomba simbólica do Espírito Santo". <a href="http://www.jf-cabecodevide.pt/cruzeiro.htm" rel="nofollow">www.jf-cabecodevide.pt/cruzeiro.htm</a>
Da Igreja do Espírito Santo, Pinho Leal, no livro Portugal Antigo e Moderno, em 1874 diz ser "esta igreja uma das mais antigas da província já existentes antes da Vila ser do Mestrado de Avis", portanto antes de 1211, ano em que a Vila, por doação de Dom Afonso II, passou para a dependência do Mestrado.
O "design" actual da Igreja do Espírito santo vem do período áureo da Vila, mais propriamente do início do séc. XVI. O Pórtico principal, o lateral, e o retábulo da sepultura de Brás Gonçalves Figueiró são de mármore do séc. XVI.
O telhado está oculto por uma platibanda guarnecida com ameias paralelepipédicas truncadas; o campanário é clássico, com um sino, do séc. XVI, outro do séc. XVII e uma sineta no olhal cimeiro.
A nave lateral foi acrescentada para ampliar o espaço da igreja, no tempo de Brás Gonçalves Figueiró.
As obras, iniciadas em 1952, mostraram que esta igreja sofreu grandes restaurações nas paredes no séc. XVI, ou por terem ruído com o terramoto de 1531, ou porque Brás Gonçalves Figueiró quis mesmo substituir os dois pórticos de granito (de que se descobriram os vestígios), pelos actuais pórticos de mármore, e deixar num deles a cruz de braços duplos, para atestar que a Confraria desta Igreja e o próprio templo eram pontifícios, independentes de qualquer autoridade civil ou canónica.
Nestas obras foram encontrados pavimentos inclinados para o altar-mor, usados nas igrejas visigóticas.
A Igreja do Espírito Santo foi também sede da Confraria do Espírito Santo. Brás Gonçalves Figueiró em 20 de Janeiro de 1516, sendo síndico e procurador da Confraria do espírito santo de cabeço de vide, conseguiu a união da sua Confraria à congénere da Cidade de Roma. Para tal deslocou-se a pé a Roma nos meses de Junho e Julho de 1517, onde conseguiu que a Confraria de Cabeço de Vide fosse considerada "Santa Apostólica Confraria do Hospital do Santo Spírito da Cidade de Roma de Cabeço de Vide".
De Brás Gonçalves Figueiró, apenas sabemos o que diz o manuscrito do compromisso da Confraria e o que refere a sua lousa tumular na Igreja do Espírito Santo, onde se lê: "Aqui jaz Brás de Gonçalves Figueiró, homem solteiro. Fundou esta casa. Foi a Roma a pé, pelas indulgências desta casa. Faleceu com a idade de 80 anos na era de 1550". <a href="http://www.jf-cabecodevide.pt/igreja_es.htm" rel="nofollow">www.jf-cabecodevide.pt/igreja_es.htm</a>
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